Numa altura em que a DGS está a trabalhar nas orientações sobre os testes rápidos, a farmacêutica portuguesa BioJam fez saber que tem capacidade para colocar no mercado nacional, no prazo de 24 horas, 3 milhões de testes rápidos.
A farmacêutica portuguesa BioJam tem capacidade operacional para colocar no mercado português, em 24 horas, três milhões de testes rápidos de antigénio. O anúncio da empresa surge depois da Direção-Geral da Saúde ter indicado que está para “muito breve” a emissão de uma informação de pormenor para profissionais de saúde e população em geral sobre a aplicação e utilização de testes rápidos para a covid-19, de acordo com a Lusa.
“A BioJam está, desde 15 de setembro, autorizada a distribuir em Portugal os testes rápidos de antigénio COVID-19 que permitem detetar, desde as primeiras 24 horas de contágio, possíveis casos positivos de COVID-19. Indicados para o diagnóstico rápido na fase inicial da infeção, o teste apresenta resultados em apenas 15 minutos”, segundo o comunicado enviado às redações.
Os testes rápidos de antigénio fornecem informações “essenciais”. Os testes da empresa são fabricados na Alemanha e são uma ferramenta de diagnóstico que “baseada num sistema de fluxo lateral, não necessita de instrumentação, ou seja, o teste é feito com um dispositivo simples que deteta a presença de uma substância numa amostra líquida sem a necessidade de equipamentos especializados e dispendiosos”.
Carlos Monteiro, CEO da BioJam Holding Group, sublinha em comunicado que, “com o aumento do movimento das pessoas, o retorno à vida ativa e o regresso às escolas, é fundamental disponibilizar à população não só informação, como também ferramentas que constituam uma forma delas próprias se testarem e garantirem a segurança do seu núcleo familiar, de amigos e laboral, quebrando assim possíveis cadeias de infeção. Estamos certos que o preço e a rapidez de resposta na aquisição e realização dos testes são fundamentais para inverter a curva ascendente de novos casos que todos os dias são identificados”.
De acordo com a Lusa, nesta segunda-feira, Graça Freitas, diretora-geral de Saúde, sublinhou que os testes rápidos têm sido matéria de “grande investigação internacional e nacional”, motivo pelo qual a Direção-Geral da Saúde, o Infarmed e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge têm estado a trabalhar “muito” para verificar a capacidade de um teste rápido.
“Reunimos, entretanto, um número grande de peritos e está para muito breve a publicação de dois documentos que são muito importantes. Uma circular normativa conjunta destas três instituições com indicações genéricas sobre os testes e em que situações se aplicam e uma orientação clínica, virada para os médicos, para saberem quando podem e devem aplicar estes testes”, disse.
Graça Freitas sublinhou que estas orientações demoraram o seu tempo a elaborar porque o objetivo é que estes testes façam um diagnóstico acertado.
Em Portugal, morreram já 2.094 pessoas dos 87.913 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. Nas últimas 24 horas, Portugal registou 14 vítimas mortais e 1249 infeções.
Noticia publicada em Dinheiro Vivo